Um pouco sobre o que está acontecendo

 Narrador: Em PlanetaTown, tudo está conectado. O que acontece em um canto pode mudar o destino de todos. Morador: “Então, no fim das contas, estamos todos no mesmo barco.” Outro: “E se o barco afundar, não importa de que bairro você seja.”

 Narrador: No bairro Brasilândia, o desafio é competir sem perder direitos e cuidar da joia mais cobiçada: a Amazônia. Brasilândia: “Eu não sou o mais rico nem o mais pobre, mas quero meu lugar na mesa da ONU.” Vizinho Rico: “Ok, mas não esqueça que o seu jardim é importante pra todos nós.”

 Narrador: Apareceram heróis globais, como o Greenpeace e os Médicos sem Fronteiras. Ativista: “Estamos aqui pra proteger o oceano, mesmo que ele não seja do nosso bairro.” Médico: “E eu vim cuidar de vocês, mesmo sem nunca ter morado aqui.”

 Rodrik: “Escutem bem: não dá pra ter globalização total, democracia plena e soberania absoluta ao mesmo tempo. Escolham duas e esqueçam a terceira.” Bairro Pensativo: “Então sempre vamos ter que abrir mão de alguma coisa?” Rodrik: “Exatamente.”

 Narrador: Veio a era das empresas multinacionais, tão ricas que podiam se mudar quando quisessem. Multinacional: “Se aumentar imposto, tô indo pro bairro vizinho. Lá é mais barato!” Morador: “Mas e os empregos daqui?” Multinacional: “Negócios são negócios…”

 Narrador: Depois de duas guerras horríveis, surgiu a ONU, um salão onde todos podiam conversar. Diplomata ONU: “Gente, em vez de guerra, vamos tentar acordo?” Bairro Rebelde: “Tá bom… mas ainda mando no meu quintal, hein!”

 Narrador: Séculos antes, para evitar bagunça, os líderes fizeram um acordo: cada bairro manda no seu território. Líder 1: “Ninguém aqui tem chefe acima de si, certo?” Líder 2: “Certo! Cada um por si, e que vença o mais forte!”

 Narrador: No século passado, a coisa ficou frenética. Aviões, internet e comércio global aproximaram todo mundo. Bairro Digital: “Ei, sua música já tá bombando do outro lado da cidade!” Bairro Econômico: “E a sua crise… já chegou aqui também. Valeu aí…”

 Narrador: Um dia, começaram a aparecer estradas e navios ligando bairros distantes. Bairro Marítimo: “Olha só essa fruta que veio lá de longe!” Bairro das Montanhas: “E eu tenho ferramentas novas pra trocar. Negócio fechado?”

 Capítulo 1 – A Cidade Isolada Narrador: Há muito tempo, em uma cidade gigantesca chamada PlanetaTown, cada bairro vivia sozinho. Bairro Antigo: “Eu cuido das minhas terras, faço minhas leis e não quero saber do resto!” Vizinho: “Idem aqui. E se você atravessar a cerca, vai ter problema!”

 De 1990 até hoje, a globalização está turbinada pela internet, redes sociais e transporte rápido. Países emergentes, como os do Sudeste Asiático, ganham destaque industrial. O neoliberalismo avança e a divisão internacional do trabalho se reorganiza. É a fase em que você pode comprar um celular projetado nos EUA, fabricado na China, com peças vindas de meia dúzia de países e receber em casa com um clique.

 De 1945 até 1989, o planeta entra num clima de tensão: EUA de um lado, URSS do outro. É a Guerra Fria, mas também a época da Terceira Revolução Industrial, com computadores, satélites e comunicação em tempo real. Empresas transnacionais começam a pipocar em vários países, preparando o terreno para a próxima fase.

 Do século XIX até o fim da Segunda Guerra Mundial. Entra em cena a Revolução Industrial, cheia de máquinas, fábricas e trens a vapor. O telégrafo encurta distâncias e os impérios europeus se espalham ainda mais, colonizando a África e a Ásia. É a fase do “quem tem indústria manda no jogo”  e quem não tem, vira fornecedor barato.

 Séculos XV e XVI. O mundo conhecido era pequeno demais pros europeus. Portugal e Espanha se jogaram no mar, guiados por mapas ainda meio duvidosos e um apetite enorme por especiarias, ouro e terras. Nasce aí a primeira fase da globalização: novas rotas comerciais, escravidão, troca de culturas (e de doenças também). Foi o primeiro “reset” no tabuleiro mundial.

  A   história da globalização... Imagina que o mundo é um imenso tabuleiro de jogo. No começo, cada povo vivia no seu canto, com suas regras, sua comida e seus segredos. Aí, lá pelos séculos XV e XVI, alguns jogadores no caso, as potências europeias decidiram explorar outras casas do tabuleiro. Vieram as Grandes Navegações, e com elas surgiram novas rotas, trocas de mercadorias e aquele clima de “o mundo está ficando menor”. Com o tempo, as peças do jogo se multiplicaram: Revoluções Industriais, avanço dos transportes, telégrafo, depois rádio, TV, internet. Cada fase desse “jogo da globalização” foi conectando mais e mais territórios, até que hoje praticamente todo o planeta está interligado por fios invisíveis sejam eles de fibra óptica, comércio ou cultura. Mas nem todo mundo joga com as mesmas cartas: enquanto uns países nadam em tecnologia e capital, outros ficam só com as sobras. Ainda assim, filmes, músicas, modas, comidas e ideias viajam de um lado pro outro em questão...